Arritmias mais comuns
Fibrilação  :
Esta é a uma arritmia que tem grande relação com o avançar da idade e com um estilo de vida não saudável.

Afeta cerca de 3% da população mundial, e mais de 10% da população com mais de 75 anos de idade.

Na Fibrilação Atrial, perdemos o comando normal do nosso coração dado pelo Nó Sinusal. Quem passa a ditar os batimentos do coração, são milhares de focos de extrassístoles localizadas na região das veias pulmonares.

Como são milhares de focos querendo comandar o seu coração, no final ninguém consegue fazer isso adequadamente. Então, o que acontece aqui, é que por conta disso perdermos a capacidade de gerar uma contração e um bombeamento efetivo dos átrios (parte superior do coração). Na verdade, eles ficam apenas “tremendo”, o que chamamos de fibrilação.
Aqui vamos ter um importante risco, porque a ausência da contração efetiva dos átrios, resulta em um fluxo sanguíneo lento neste local e um aumento dos riscos de formação de trombos (coágulos) dentro do coração e de ter um AVC (derrame).

Um segundo problema, é que esta perda do bombeamento de parte do coração, aliado a um aumento e desorganização da frequência das batidas do coração, característico desta arritmia, fazem com que o coração fique mais fraco e com sua função de bomba cardíaca prejudicada.

A ablação cardíaca tem importante papel nesta arritmia quando indicada precocemente! Quanto mais precoce o tratamento for realizado, maiores as chances de conseguirmos ter ótimos resultados, diminuir o risco de AVC e de morte, impedir que a arritmia altere a estrutura do coração, e melhorar a qualidade de vida em diversos quesitos.

Quando comparamos a Ablação Cardíaca versus os remédios antiarrítmicos, observamos enorme superioridade da estratégia de ablação em todos os quesitos.

Como a Fibrilação Atrial é uma das arritmias mais comuns e prevalentes do mundo, são realizados cerca de 100 mil procedimentos de Ablação de Fibrilação Atrial no mundo, a cada ano.

Se você é portador desta arritmia, não deixe de procurar a opinião médica de um Eletrofisiologista. Você pode ter indicação e se beneficiar bastante com este tratamento.
Flutter Atrial:
Esta é uma arritmia que se assemelha à Fibrilação Atrial, é como se fosse “prima” desta. Ela ocorre por uma espécie de curto-circuito (reentrada) nos átrios, parte superior do coração. É uma arritmia frequentemente adquirida e relacionada a hábitos de vida não saudáveis. Causa crises de taquiarritmia, pode aumentar o risco de um AVC, e também pode causar alterações na estrutura do coração. Se o tratamento por Ablação não for realizado, também pode se desorganizar eletricamente e se transformar em Fibrilação Atrial.

Como ela tem um circuito elétrico mais organizado, esta é uma arritmia curável pela Ablação Cardíaca de forma mais simples, e com excelentes taxas de sucesso e segurança, quando identificada e tratada precocemente.

A Ablação Cardíaca é a primeira escolha de tratamento nesta arritmia!
Extrassístoles (Ventriculares e Supraventriculares):
Com certeza, estas são as arritmias mais comuns na população. Na maioria dos casos, são arritmias mais simples, benignas e frequentemente detectadas em exames como o Holter de 24h.

A extrassístole acontece quando um outro foco no coração quer momentaneamente assumir aquela função de comando do coração, realizada pelo Nó Sinusal. Esse comando diferente gera uma contração que vem em um momento também diferente do normal, antes do que seria esperado.

Elas podem acontecer na parte superior do coração (extrassístoles dos átrios) ou na parte inferior do coração (extrassístoles dos ventrículos).
Em alguns casos, principalmente quando a origem é nos ventrículos e há uma quantidade considerável de extrassístoles, isso pode levar a um enfraquecimento e dilatação do coração e até colocar em risco a vida da pessoa. Nestes casos, podemos realizar o tratamento da Ablação Cardíaca para cura deste problema.

Se você sabe ser portador destas arritmias, principalmente se ao realizar o exame de Holter de 24h for detectado uma elevada quantidade de extrassístoles, procure a opinião de um especialista em arritmias cardíacas!
Taquicardias paroxísticas supraventriculares (TPSV):
Neste grupo, estão incluídas a Taquicardia por Reentrada Nodal (TRN) e a Taquicardia por Reentrada Atrioventricular (TRAV). Estas são arritmias muito comuns, descobertas principalmente em jovens, e que ocorrem devido a presença de um “fio elétrico adicional”, seja ele um nervo (chamado de via alfa ou via lenta) ou uma fibra muscular (chamado de feixe acessório ou via acessória) que nasceu com aquela pessoa (alteração cardíaca congênita).

Esses pacientes apresentam crises de taquicardia sustentada que comumente tendem a piorar e ficar mais frequentes de acordo com o tempo.

O tratamento de primeira linha é a realização da Ablação Cardíaca, com taxas de cura muito elevadas!
Síndrome de Wolff-Parkinson-White (WPW) e Pré-Excitação Ventricular:
Nesta arritma, também temos a presença de um “fio elétrico adicional” conectando átrios e ventrículos, que pode muitas vezes ser descoberto em um simples exame de Eletrocardiograma. Aqui, temos uma preocupação maior, porque apesar de ser considerada uma arritmia supraventricular, onde normalmente nossa preocupação principal é a qualidade de vida daquela pessoa, esta alteração congênita coloca sim a pessoa em risco de vida.

Nestes casos, devemos realizar o Estudo Eletrofisiológico, para que possamos avaliar se este “fio elétrico” (via acessória) é benigno ou maligno, ou seja, se pode colocar a pessoa em risco de ter uma parada cardíaca ou morte súbita, e definirmos a realização do procedimento de ablação visando curar o paciente.
Taquicardia Ventricular:
As arritmias ventriculares são as mais preocupantes, porque em muitos casos colocam a vida da pessoa em risco.

Elas podem ocorrer em corações doentes ou alterados, por cicatrizes causadas por um Infarto Cardíaco, Doença de Chagas, Miocardite, ou também em corações normais, bons, determinadas por uma herança genética ou por alterações na formação tecidual deste coração.

A ablação cardíaca em um papel importante neste cenário e a investigação com o Eletrofisiologista é fundamental!

Temos outros tipos de arritmias como a Taquicardia Atrial, Taquicardia Fascicular, entre outros, e sem falar das arritmias geneticamente determinadas como a Síndrome de Brugada, Síndrome do QT longo, Cardiopatia Hipertrófica, entre outras.

O eletrofisiologista é o médico capaz de realizar a investigação adequada e realizar o melhor tratamento para o paciente.
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